Banquete Literário do ESCUTA
O Banquete Literário do ESCUTA (Espaço Cultural Frei Tito de Alencar), surgiu em 2003 com o objetivo de compartilhar leituras e oportunizar espaço de reflexão e produção de conhecimento. A partir de sua retomada em Julho de 2015 acontece as Quartas 19h na nossa sede, na Rua Noel Rosa, 150 - Pici - Fortaleza/CE. O Banquete faz parte do Projeto Círculos de Leitura e Fantasia ou de como fazer leituras lúdicas na Biblioteca com crianças e adolescentes, com o apoio do Ministério da Cultura
domingo, 17 de janeiro de 2021
Homenagem do ESCUTA a Ir. Mona Kelly
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
31º Reisado do ESCUTA - Lúcia Vasconcelos fala sobre as mulheres no Reisado - 01.01.21
Sou Lúcia Vasconcelos, faço parte do Reisado do ESCUTA desde o primeiro dia. Começou na Comunidade Frei Tito e se juntou a outras Comunidades, na sua maioria de mulheres. Nesses 30 anos passados de Tiradas de Reis de rua em rua saudando as famílias de casa em casa que nunca deixaram de se manifestar fazendo suas doações. Aqui estou me referindo a primeira geração, com suas saias rodadas, avental vermelho, com lencinhos na cabeça e muito canto e alegria para oferecer. Hoje nem todas continuam, mas não posso deixar de respaldar: D. Ritinha Muniz, D. Livramento, D. Angélica, D. Rita Teixeira, D. Marina, Socorro, Carmosa, Hermínia, que sempre foram apoio total. A todas nossa gratidão.
Lúcia Vasconcelos agradece ao Grupo de Mulheres Brilho de Lua e às famílias do Reisado do ESCUTA - 05.01.21
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Oficina de dança do Toré com as crianças da Aldeia Afro-indígena Urbana do Pici - 10.09.20
quarta-feira, 26 de agosto de 2020
O ESCUTA e a Aldeia afro-indígena urbana.
A ideia de criar oficinas sobre a cultura
indígena no Espaço Cultural Frei Tito de Alencar – ESCUTA tem inicio com a
Comunidade Aldeia, formada por famílias que se auto reconhecem como povos afro-indígenas.
A Aldeia fica localizada na Rua dos Monarcas, bairro Pici em Fortaleza. O
Escuta sempre teve uma relação muito grande com essas famílias, as crianças
sempre participam das atividades, principalmente com personagens do Pastoril. A
surpresa foi numa conversa com a Neide e sua filha Alice, nos contaram que o
local onde moram é conhecido por Aldeia, por organizarem suas moradias como os
indígenas, com duas entradas uma pela Rua dos Monarcas e outra na Joaquim
Manoel de Macedo e no centro do terreno ficam as casas. Após essa conversa com Lúcia
Vasconcelos e Leonardo Sampaio resolvemos ir até lá em atividades de pandemia
por conta do Coronavírus, numa parceria da ONG Diaconia. Reunimos em roda no
centro a Aldeia, estávamos levando ali a colaboração de um cartão alimento para
20 famílias, com a finalidade de aliviar a fome, já que sabíamos da extrema
pobreza e que estavam parados das atividades econômicas que geram renda, como:
reciclagem, serviços de pedreiros, serventes, trabalhadoras domésticas e outros
biscates.
Na ocasião identificamos que as
meninas dançarinas do Pastoril do ESCUTA já eram mães, ainda muito novas, pararam
de estudar, mas com ânsia de voltar para sala de aula, dizia Alice, de dançar o
Pastoril, mas a bebê de um mês tem que mamar, precisa de tempo exclusivo, as
crianças e adolescentes que sempre frequentam o Escuta queriam saber o que iria
ter lá que pudessem participar. Sem resposta levamos o desafio pra pós-pandemia.
Diante do desafio surgem as ideias de como
ajudá-las, principalmente crianças e adolescentes, encarando que são afro-indígenas
vivendo no espaço urbano, que gostam da cultura popular e têm o ESCUTA como
referência. Partimos para ação, primeiro passo, recuperar as estruturas físicas
do espaço, para dar condição de acolhê-las, segundo recuperar os instrumentos
de percussão, violão, som, televisão, data show, mas para isso precisa recursos
financeiros, aí lançamos a campanha, arrecadamos o que foi necessário para
recuperar muros, pinturas, palco, banheiros, paredes externas e iluminação. A
campanha está em curso, tem muito ainda o que recuperar e adquirir, em dinheiro
seriam uns 15 mil reais, isso não inclui manutenção permanente.
Que bom, o ESCUTA já pode iniciar algo
que não inclua instrumentos, pode ser a Biblioteca e o Banquete literário, que
tem uma meta de leitura, produção de texto e edição de livros com a escrita do
Banquete. Inclui aí leitura de textos, contação de histórias para as famílias
das crianças e ouvir suas próprias histórias. Vimos que isso é possível, desde
que tenhamos parcerias voluntárias ou de organizações que já trabalhem nessa
linha, mas que respeite a linha pedagógica do ESCUTA, de combate a toda forma
de exploração e se alinhe na construção de uma sociedade com equidade e o bem
viver.
Dentro desse contexto, do que fazer veio
a ideia de parceria com a Aldeia, montar oficinas com crianças e adolescentes
sobre a cultura indígena e a formação de um grupo de dança do toré, que só
precisa do maracá como instrumento e esse eu tenho vários que eu mesmo fiz com
quenga de coco e semente de Pau Brasil e cabo de vassoura.
Fui à Aldeia e fiz o convite dia
25/08/2020, conversei com Alice e algumas crianças que pularam de alegria,
marquei para as 16h e rapidamente chegaram 8 no ESCUTA, sob a coordenação da
Alice com sua bebê nos braços. Apliquei a experiência do trabalho pedagógico
que fiz na Escola Bergson Gurjão Farias onde trabalho. Lá formei um grupo de
dança do Toré com as crianças, só bastei balançar o maracá elas apareceram, o
ancestral ouviu e o corpo respondeu com o ritmo, a dança e a circularidade e
chegamos a nos apresentar na Bienal do Livro.
Começamos com 8 crianças, não sabiam
ainda o que ia acontecer, falaram seus nomes, conversamos sobre o cuidado com o
coronavírus, o uso da máscara, depois o que conhecem sobre índios, uma falou em
canibal, as demais dos costumes e alimentos coisas aprendidas na escola.
Identificaram a Aldeia como lugar de afro-indígena, a Alice disse que foi sua
avó que organizou a ocupação do terreno para todos morarem lá. Continuando,
falei sobre o objetivo da parceria entre Escuta e Aldeia que é conhecermos
melhor a cultura afro-indígena e formar um grupo de dança do Toré/Torem. A
reação foi excelente, uma alegria só, mexeu com o ancestral. Comecei a ensinar
a letra de duas músicas, depois falei sobre o instrumento musical, o maracá e mostrei
uns que eu construí com quenga de coco que encontrava no chão lá na Escola,
mostrei o ritmo e como tocar o maracá e cantar. Ao final estávamos todos/as
felizes. Fizemos um calendário para nos encontrar terças e quintas dando
continuidade às oficinas com a cultura indígena, para que a Aldeia se aproprie
e incorpore a ancestralidade. A perspectiva é inserir também a ciranda para
contemplar o afro-indígena.
1. Quem deu esse nó
2. Pisa ligeiro
3. É Deus no céu
4. O vento balança o mar
5. Tava lá na mata
6. Pisa na Jurema
7. Oi pisa devagar
8. O Jandê
9. Água de manim.
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Celebração das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) em 10 de Agosto de 1989 com o Pe. Luciano Furtado Sampaio em homenagem a Frei Tito de Alencar, com performance teatral representando a morte de Tito com o jovem Francisco, que hoje é o pároco da Igreja do Antônio Bezerra, fazendo parte da celebração a Área 4, que pertencia à paróquia do Bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza-CE. A foto é no Espaço que se chamava Comunidade Frei Tito de Alencar que hoje se chama ESCUTA - Espaço Cultral Frei Tito de Alencar. Na foto estão as religiosas da Congregação do Coração Eucarístico, seminaristas do Seminário de Antônio Bezerra, Leonardo Sampaio, Leonardo Filho, Leandson Sampaio, Lúcia Vasconcelos, Silvia, Elenilce, Liduína, Marina, Dona Neném, Rita Muniz, Rita Teixeira, Dona Zilda, Dona Jovem, Euníce, Ivo, Beto e outros. Foto: Seu João Pereira.